segunda-feira, 28 de julho de 2008

Olimpíadas de Pequim



Faltam poucos dias para uma das olímpiadas mais polêmicas da história no que se refere à saúde dos atletas.Não bastasse os casos de doping e a novidade do viagra (veja reportagem abaixo) para melhorar o desempenho, a China apresenta um dos maiores índices de poluição já vistos. O valor está duas vezes acima dos recomendados pela OMS, apesar das inúmeras medidas adotadas pelo governo chinês.


A poluição tornou-se um dos grandes temores para os atletas internacionais nos Jogos e o relatório apresentado pelo Escritório de Proteção Ambiental do Município de Pequim não foi dos mais empolgantes. A instituição classificou como "imprópria para grupos mais sensíveis" a condição do ar na capital. É acompanhar para ver no que vai dar.


Editorial do Portal da Educação Física (http://www.educacaofisica.com.br/)







Viagra pode ser um novo doping
Jornal do Comercio/PE - Doping - 27/07/2008


Os Jogos Olímpicos de Pequim podem ser lembrados pelo uso excessivo do Viagra, segundo informou o cientista australiano Robin Parisotto. O estudioso, que participou de pesquisas para a descoberta da eritropoetina (EPO), disse que as drogas legais, como o Viagra, podem ser usadas para melhorar o desempenho dos atletas e manchar a edição dos Jogos. A Agência Mundial Antidoping (WADA) está considerando incluir o Viagra na lista de drogas proibidas, mas a decisão só vai sair após as Olimpíadas. Parisotto, que trabalhou no Instituto Australiano do Esporte (AIS), explicou que o Viagra tem os mesmos benefícios de um doping sangüíneo porque abre as veias e artérias. Mas, segundo o cientista, o medicamento não é o único que pode melhorar o rendimento dos atletas: drogas utilizadas para tratamento psicológico podem ajudar os atletas a conseguir uma vantagem mental. No esporte, muitas vezes se chega à batalha cansado e o atleta fica confuso. Então, usar uma droga que mantenha a mente clara e focada é certamente outro tipo de uso de substâncias de beneficia os atletas, afirmou. Em termos de doping como em outros âmbitos, os Jogos de Pequim serão os mais vigiados da história olímpica, mas nem o próprio Comitê Olímpico Internacional (COI) pode afirmar que o evento estará livres de escândalos. O aumento de casos registrados nas três últimas edições dos Jogos (dois positivos em Atlanta-1996, 11 em Sydney-2000, 27 infrações em Atenas-2004) permite prever uma nova onda de doping, o que aumenta a pertinência da expressão usada para os esportes mais corruptos, a começar pelo ciclismo: Quem procura, acha.


O grande número de casos de doping nos últimos Jogos é o resultado de uma caça cada vez mais eficaz àqueles que adotam práticas antiesportivas pelas instâncias olímpicas e esportivas em geral. Os dados são eloqüentes: haverá o dobro de exames em Pequim em relação a Sydney (4.550 contra 2.350). Atenas marcou uma mudança: os Jogos de 2004 foram os primeiros realizados sob as leis do Código Mundial Antidoping, conjunto de normas da Agência Mundial Antidoping (AMA). Essa intransigência será mais acentuada em Pequim por várias razões. Porque o COI, preocupado com a crise do Tibete e com a caótica viagem da tocha olímpica, quer evitar um novo escândalo. Porque o espírito olímpico já teve a sua imagem manchada pelo escândalo da norte-americana Marion Jones, um de seus ícones. E porque muitos duvidam dos esforços da China em termos de honestidade esportiva.

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